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A língua inglesa no ensino fundamental público: diálogos com Bakhtin por uma formação plurilíngue
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Palavras-chave

Língua inglesa. Ensino fundamental I. Plurilinguismo

Como Citar

ROCHA, Cláudia Hilsdorf. A língua inglesa no ensino fundamental público: diálogos com Bakhtin por uma formação plurilíngue. Trabalhos em Linguística Aplicada, Campinas, SP, v. 48, n. 2, p. 247–274, 2016. Disponível em: https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/tla/article/view/8645225. Acesso em: 9 out. 2024.

Resumo

Este artigo tem como objetivo principal a discussão sobre as contribuições das teorias do círculo bakhtiniano à área de ensino-aprendizagem de línguas estrangeiras (HALL et al., 2005), no que diz respeito aos primeiros anos da educação formal no Brasil, mais precisamente, ao Ensino Fundamental I. Até o presente momento as línguas estrangeiras, inclusive a língua inglesa, foco deste trabalho, não fazem parte da Matriz Curricular desse âmbito educacional. Frente à importância do inglês em uma sociedade globalizada e à despeito dos controversos impactos de sua influência nos mais variados campos, temos presenciado, de um modo geral, a crescente expansão da implantação dessa língua nas séries iniciais do ensino público, o que vem ocorrendo de forma irregular e sem apoio de parâmetros oficiais (ROCHA, 2006). Diante do exposto, a relevância deste estudo recai na apresentação de algumas diretrizes para o contexto focalizado, que visam a sustentar um ensino-aprendizagem supostamente mais efetivo, situado e significativo. Assim sendo, com base em uma abordagem plurilinguística e pluricultural frente à educação de línguas, tomam-se aqui os gêneros discursivos como organizadores do processo. Entendemos que, em um ensino de caráter dialógico e trans/intercultural (MAHER, 2007), voltado ao desenvolvimento de multiletramentos (COPE e KALANTZIS, 2000) críticos (COMBER, 2006), possa certamente ocorrer a hibridação de gêneros e de culturas. Nesse contexto, torna-se possível a criação de terceiros espaços (KOSTOGRIZ, 2005; KUMARAVADIVELU, 2008) que, por sua vez, propiciam a realização de uma aprendizagem transformadora. Nessa perspectiva, o inglês é visto como um objeto fronteiriço (STAR e GRIESEMER, 1989), no e pelo qual o plurilinguismo, a diversidade e a polifonia naturalmente se fazem presentes

ABSTRACT:

This article aims at discussing the contributions of the Bakhtinian Circle theories to foreign language teaching and learning (HALL et al., 2005), as far as the first years of formal education in Brazil are concerned. Up to the present moment, foreign languages, including English, are not officially part of the National Curriculum of the first five schooling years. Due to the importance of English in a globalized world and despite all the controversial socio-educational impacts of such an influence, there has been an increase in the interest in this discipline at the beginning years of Brazilian public education (ROCHA, 2006), which has been happening at an irregular pace and without official parameters. Therefore, the relevance of this work lies on the possible guidelines it may offer to support a more effective, situated and meaningful teaching-learning process in that context. Standing for a pluralistic approach to language education, we take the bakhtinian speech genres as organizers of the educational process. We strongly believe that through a dialogic, pluralistic and trans/intercultural teaching (MAHER, 2007), whose main objective is the development of multi (COPE e KALANTZIS, 2000) and critical (COMBER, 2006) literacies, the hybridization of genres and cultures, as well as the creation of third spaces (KOSTOGRIZ, 2005; KUMARAVADIVELU, 2008) can happen. From this perspective, foreign language teaching and learning play a transformative role in society and English is seen as a boundary object (STAR e GRIESEMER, 1989), in and by which diversity, pluralism and polyphony can naturally find their way.

Keywords: English; primary education; pluralism

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