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Formação de professores de língua para a autonomia: o buraco é mais embaixo
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Palavras-chave

Autonomia. Formação de professores. Inovação curricular

Como Citar

SILVA, David José de Andrade. Formação de professores de língua para a autonomia: o buraco é mais embaixo. Trabalhos em Linguística Aplicada, Campinas, SP, v. 52, n. 1, p. 73–92, 2016. Disponível em: https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/tla/article/view/8645386. Acesso em: 26 abr. 2024.

Resumo

A formação de professores de língua tem fomentado discussões no campo teórico em vários aspectos. Dentre eles, a questão da construção de projetos pedagógicos de curso (PPC) que propiciem aos discentes desenvolverem capacidade de estudo autônomo e independente, na expectativa de que promovam práticas pedagógicas rumo à autonomia em suas futuras salas de aula. O presente artigo apresentará a gênese dos cursos de licenciatura no Brasil desde o período imperial até a atualidade; discutirá os entraves históricos que dificultam nos cursos de Letras a inovação de seus currículos; e proporá algumas possibilidades de superação da atual conjuntura. O objetivo não é o de oferecer uma solução, mas de ampliar o debate para o pano de fundo da questão. A metodologia adotada é a pesquisa bibliográfica e apoiarse-á nos trabalhos de Benson (2006), Chitashvili (2007), Smith (s/d), Aoki (2000) e Leffa (2003), no conceito de autonomia discente e docente; Gatti (2009,2010), na investigação dos PPC e do perfil dos cursos de Letras-Português no Brasil; Paiva (2003, 2004, 2005), no estudo da história dos cursos de Letras-Inglês; Masetto (2003-2004, 2011) e Cunha (2003), na inovação curricular no ensino superior

ABSTRACT

Language teacher education has raised theoretical debates on several aspects. One of them is the conception of undergraduate curriculum, which should allow students to develop autonomous and independent study skills so that they would become professionals to educate towards autonomy. The present work aims at presenting a historical perspective of the undergraduate teacher education in Brazil from the imperial times to the present day; at arguing on the historical setbacks which make it hard for undergraduate language degree programs to innovate in their curricula; and also at suggesting some possibilities to overcome the current drawbacks. This study main goal is not to offer solutions, but to broaden the discussion in order to provide background to the discussion. This study is based on bibliographic research, as well as on theoretical ideas developed by Benson (2006), Chitashvili (2007), Smith (s/d), Aoki (2000) and Leffa (2003), on the concept of student and teacher autonomy; Gatti (2009, 2010), on the investigation of the profile and he curricula of the undergraduate Portuguese language courses in Brazil; Paiva (2003, 2004, 2005), on the history study of the undergraduate English language courses; and lastly by Masetto (2003-2004, 2011) and Cunha (2003), on higher education curriculum innovation.

Keywords: autonomy; teacher education; curricular innovation.

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