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'Contaminação' que faz pensar
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Palavras-chave

Pós-humanismo
Multiletramentos
Tecnologia

Como Citar

TAKAKI, Nara Hiroko. ’Contaminação’ que faz pensar: linguística aplicada, letramentos e pós-humanismo. Trabalhos em Linguística Aplicada, Campinas, SP, v. 58, n. 2, p. 579–611, 2019. Disponível em: https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/tla/article/view/8654719. Acesso em: 11 dez. 2024.

Resumo

Este artigo se propõe a apresentar características da perspectiva pós-humanista e relacioná-las a entendimentos contemporâneos sobre linguística aplicada e estudos de letramentos, com atividades preliminares nessa direção e indagações para futuros estudos. Como estudos interdisciplinares, o pós-humanismo se inspira no conceito de assemblage de Deleuze e Guattari (2005) e vem ganhando relevância de acordo com teóricos como Barad (2007), Braidotti (2018), Bennet (2010), Pennycook (2018), dentre outros. Uma das preocupações desses estudiosos é o futuro da pesquisa, ensino, aprendizagem de/em línguas/linguagens e práxis em termos filosóficos, transculturais e educacionais. Barad (2007), Bennet (2010) usam os termos humanos e nãohumanos enquanto Braidotti (2018) e Pennycook (2018) registram humanos e não-humanos. Às vezes, Bennet (2010) prefere humanos-nãohumanos para enfatizar a ideia de assemblage. Consideram tais agentes em assemblage vibrante em meio a uma gama ampliada de complexidades semióticas, espaciais e éticas na emergência do humanismo pós-humano, conforme argumenta Braidotti (2018). Isso requer uma linguística aplicada e estudos de letramentos dispostos a reconhecer que eles próprios são produtos de tais emaranhamentos,  para os quais uma revisão de ontologias influenciando epistemologias e metodologias mostra-se produtiva.

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