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A expressão de sentimentos no curta-metragem Bravura e em sua audiodescrição
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Palavras-chave

Tradução Audiovisual Acessível
Audiodescrição
Sociossemiótica
Multimodalidade
Leitura da narrativa visual

Como Citar

ABUD, Janaína Vieira Taillade. A expressão de sentimentos no curta-metragem Bravura e em sua audiodescrição: um estudo comparativo entre a função interpessoal da narrativa visual e a valoração na linguagem verbal. Trabalhos em Linguística Aplicada, Campinas, SP, v. 61, n. 1, p. 218–235, 2022. Disponível em: https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/tla/article/view/8664938. Acesso em: 6 dez. 2024.

Resumo

Este artigo objetiva estudar a expressão dos sentimentos em duas sequências de Bravura e na audiodescrição (AD) desse curta de animação. O trabalho se enquadra no campo dos Estudos da Tradução, mais particularmente nos da Tradução Audiovisual Acessível, em que a AD é uma forma de acessibilizar uma obra audiovisual para as Pessoas com Deficiência Visual. A pesquisa adotou a abordagem da sociossemiótica multimodal e da Semântica do Discurso. Para a leitura da narrativa visual, utilizou-se os sistemas interpessoais de Painter, Martin e Unsworth (2012), enquanto, para a análise do verbal, elegeu-se o Sistema de valoração de Martin e White (2005). Para a análise do filme e da AD fílmica enquanto gêneros, o aporte é Martin e Rose (2008). A proposta metodológica de Iedema (2001), de segmentação de filmes para análise, foi adotada parcialmente. Os resultados mostram que os textos manifestam a presença dos significados interpessoais relativos à expressão de atitude. O roteiro da AD tem predominância de afeto e apreciação, ambos com carga positiva e gradação por força. Já a narrativa visual apresenta uma gama maior de significados que evocam afeto, em especial pathos, ambiência e gradação. Os resultados também mostram que há complementaridade entre os modos visual e verbal quanto aos significados interpessoais. No entanto, o modo visual apresenta uma variedade maior desses significados. Por exemplo, há familiaridade das cores, o que, por um lado, aproxima a cena do real. No desenho da personagem, constata-se mudança do engajamento empático para o apreciativo, o que, por outro, distancia o espectador da referida personagem.

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