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Não me chame de mulata: uma reflexão sobre a tradução em literatura afrodescendente no Brasil no par de línguas espanhol-português
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Palavras-chave

Literatura afrodescendente. Mulato/a. Escravo/a.

Como Citar

SILVA, Liliam Ramos da. Não me chame de mulata: uma reflexão sobre a tradução em literatura afrodescendente no Brasil no par de línguas espanhol-português. Trabalhos em Linguística Aplicada, Campinas, SP, v. 57, n. 1, p. 71–88, 2018. Disponível em: https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/tla/article/view/8651618. Acesso em: 16 abr. 2024.

Resumo

Este texto tem como objetivo analisar a carga semântica dos termos escravo/a e mulato/a no contexto brasileiro e propõe uma discussão sobre a ressignificação de seu sentido na tradução ao português brasileiro sob a ótica dos Estudos Culturais. Os teóricos dos Estudos Culturais utilizados no ensaio – Gayatri Spivak, Stuart Hall e Boaventura Sousa Santos – sustentam que o sujeito pós-colonial é alguém que se movimenta entre duas culturas e que constantemente desenvolve estratégias de tradução cultural entre diferentes povos. As pesquisadoras dos Estudos da Tradução Susan Bassnet e Rosemary Arrojo inserem os textos traduzidos em uma perspectiva intercultural, na qual o tradutor não pode se eximir e tampouco se invisibilizar. Salgueiro e Carrascosa discutem a tradução afrodiaspórica no contexto brasileiro. Será debatido o papel do tradutor que transcodifica textos incluídos na perspectiva pós-colonial e sua mediação na tradução linguística e cultural.

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