Banner Portal
Sobre a domesticação do gênero gramatical
PDF

Palavras-chave

Gramática
Categoria
Gênero
Cosmovisões

Como Citar

CARVALHO, Danniel. Sobre a domesticação do gênero gramatical. Trabalhos em Linguística Aplicada, Campinas, SP, v. 60, n. 1, p. 248–267, 2021. Disponível em: https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/tla/article/view/8661465. Acesso em: 16 abr. 2024.

Resumo

Neste trabalho, problematizo o conceito de categoria gramatical, particularmente gênero, apontando suas limitações como categoria discreta das línguas, a partir de cosmovisões diversas, a fim de redimensionar sua pretensa universalidade. As categorias gramaticais conhecidas no mundo ocidentalizado são constituídas ontologicamente, perpetrando-se como pressuposto na análise linguística desde então. Sua estrutura baseada em um Ser ocidental não é questionada em toda a sua existência, domesticando a descrição das diversas línguas. Entretanto, a partir de estudos linguísticos tipológicos e antropológicos que levaram em consideração epistemologias e cosmogonias diversas, foi possível verificar uma discrepância entre a categoria linguística gênero em diferentes línguas. Essa imposição categorial na análise linguística mostra-se ainda mais violenta quando vista através das lentes decoloniais, que nos permitem delinear não apenas uma epistemologia racista e sexista nos contornos da gramática/linguística ocidental, mas também ao confrontarmos um modelo ontológico às diversas cosmovisões. Dessa forma, ofereço uma reflexão do conceito de gênero gramatical como categoria, a partir da descentralização do conhecimento e de uma topologia linguística do ser, visando o cotejo do conceito convencional de gênero, caro à tradição gramatical, e suas representações em algumas línguas não indo-europeias, destacando seu apagamento na formulação do conceito de universalidade gramatical.

PDF

Referências

AIKHENVALD, Alexandra Y. (2000). Classifiers: A Typology of Noun Categorization Devices. Oxford: Oxford University Press.

AIKHENVALD, Alexandra Y. (2016). How Gender Shapes de World. Oxford: Oxford University Press.

AKOTIRENE, Carla. (2019). Interseccionalidade. São Paulo: Pólen.

AKSENOV, A.T. (1984). K probleme èkstralingvističeskoj motivacii grammatičeskoj kategorii roda (Sobre o problema da motivação extralinguística da categoria de gênero), Voprosy jazykoznanija, v. 33, n. 1, p. 14-25.

ALIM, H. Samy. (2016). Introducing Raciolinguistics: Racing language and languaging race in hyperracial times. In: ALIM, H. Samy; RICKFORD, John R.; BALL, Aretha F. (orgs.). Raciolinguistics. How langanuage shapes our ideas about race. Oxford/New York: Oxford University Press, p. 1-30.

ALIM, H. Samy; RICKFORD, John R.; BALL, Aretha F. (orgs.). (2016). Raciolinguistics. How langanuage shapes our ideas about race. Oxford/New York: Oxford University Press.

ARISTÓTELES. (2018). Categorias. Tradução, introdução e notas de José Veríssimo Teixeira da Mata. São Paulo: Editora da UNESP.

BALLY, Charles. (1935). Le langage et la vie. 2ª ed. Zurich: Max Niehans Éditeur.

BARON, Dennis E. (1986). Grammar and Gender. New Haven, CT: Yale University Press.

BASTIDE, Roger. (1971). O princípio de individuação (contribuição a uma filosofia africana). Cadernos de Campo, v. 27, n. 1, p. 220-232, 2018.

BENVENISTE, Émile. (1966). Problemas de Linguística Geral. Volume I. São Paulo: Companhia Editora Nacional, 1976.

BERSHTLING, Orit. (2014). ‘Speech Creates a Kind of Commitment’. Queering Hebrew. In: ZIMMAN, Lal; DAVIS, Jenny L.; RACLAW, Joshua (eds.). Queer Excursions. Retheorizing Binaries in Language, Gender, and Sexuality. Oxford: Oxford University Press, p. 35-61.

BESNIER, Niko. (2003). Crossing Genders, Mixing Languages: The Linguistic Construction of Transgenderism in Tonga. In: HOLMES, Janet Holmes; MEYERHOFF, Miriam (eds.). Handbook of Language and Gender. Oxford: Blackwell, p. 279-301.

BILGE, Sirma. (2009). Théorisations féministes de l’intersectionnalité. Diogène, v. 225, n. 1, p. 70-88.

BISMARCK LOPES, Ícaro C. (2014). Traço e concordância de gênero na constituição da gramática do português. Dissertação de Mestrado em Língua e Cultura. Programa de Pós-Graduação em Língua e Cultura, Universidade Federal da Bahia, Salvador.

BLOOMFIELD, Leonard. (1933). Language. New York: Holt, Rinehart & Winston.

BONITZ, Hermann. (1853). Ueber die Kategorien des Aristoteles. Darmstadt: Wissenschaftliche Buchgesellschaft, 1967.

BORBA, Rodrigo. (2014). A linguagem importa? Sobre performance, performatividade e peregrinações conceituais. Cadernos pagu, v. 43, p. 441-474.

BORBA, Rodrigo; OSTERMANN, Ana Cristina. (2007). Do bodies matter? Travestis’ embodiment of (trans)gender identity through the manipulation of the Brazilian Portuguese grammatical gender system. Gender and Language, v. 1, n. 1, 131-147.

BORBA, Rodrigo; OSTERMANN, Ana Cristina. Gênero ilimitado: a construção discursiva da identidade travesti através da manipulação do sistema de gênero gramatical. Estudos Feministas, v. 16, n. 2, p. 409-432.

BUTLER, Judith. (1993). Bodies that Matter: On the Discursive Limits of “Sex”. Nova York, Routledge.

CALDAS-COULTHARD, Carmen Rosa. (2007). Caro colega: exculsão lingüística e invisibilidade. Discurso & Sociedad, v. 1, n. 2, p. 230-246.

CAMARA JR., Joaquim Mattoso. (1970). Estrutura da língua portuguesa. 3.ed. Petrópolis: Vozes.

CARNEIRO, Aparecida Sueli. (2005). A construção do outro como não-ser como fundamento do ser. Tese de Doutorado em Educação. Universidade de São Paulo, São Paulo.

CARVALHO, Danniel da S. (2011). Sincretismo, subespecificação de traços e a sintaxe de gênero em uma comunidade do português afro-brasileiro: um estudo de caso. Papia (Brasília), v. 21, n. 1, p. 83-97.

CARVALHO, Danniel da S. (2013). Algumas considerações sobre a morfossintaxe de gênero. Estudos Linguísticos e Literários, n. 47, p. 30-46.

CARVALHO, Danniel da S. (2018). Gênero e língua: entre o gramatical e o social. Roseta, v. 1, n. 1, p.1-3.

CARVALHO, Danniel da S. (2020a). Aspectos da morfossintaxe de gênero no português brasileiro. Cuadernos de la ALFAL, v. 12, n. 2, p. 357-384.

CARVALHO, Danniel da S. (2020b). As genitálias da gramática. Revista da ABRALIN, v. 19, n. 1, p. 1-21.

CARVALHO, Danniel da S. (2021). A domesticação da gramática de gênero. Campinas: Pontes.

CARVALHO, Danniel da S.; BRITO, Dorothy B.S.; FARIAS, Jair G. (2020a). Individuação, aspecto nominal e a função de gênero nas línguas naturais. In: CARVALHO, Danniel da S.; BRITO, Dorothy B.S. (eds.). Gênero e Língua(gem): teoria e prática. Salvador: EDUFBA, p. 295-318.

CARVALHO, Danniel da S.; BRITO, Dorothy B.S.; FARIAS, Jair G. (2020b). Notas sobre el aspecto del género gramatical. Revista Argentina de Ciencias del Comportamiento, v. 12, n. 3, p. 1-12. DOI: https://doi.org/10.32348/1852.4206.v12.n3

CASTRO, Eduardo V. (1996). Os pronomes cosmológicos e o perspectivismo ameríndio. Mana, Rio de Janeiro, v. 2, n. 2, p. 115-144.

CERQUEIRA, Fernanda de O.; CARVALHO, Danniel da S. (2021). Racializando língua ou linguificando raça? Trabalhos de Linguística Aplicada, Dossiê Linguagem e Raça, no prelo.

COATES, Jennifer. (1998). ‘Thank God I’m a Woman’: The Construction of Differing Femininities.” In: CAMERON, Deborah (ed.). The Feminist Critique of Language: A Reader. 2nd. ed. London: Routledge, p. 297-320.

COLLICHON, Gisela; SCHWINDT, Luiz C. (2015). Por que a distinção entre gênero social e gramatical na língua portuguesa é necessária ao idioma. Zero Hora, 12 dez. 2015. Disponível em: https://gauchazh.clicrbs.com.br/porto-alegre/noticia/2015/12/por-que-a-distincao-entre-genero-social-e-gramatical-na-lingua-portuguesa-e-necessaria-ao-idioma-4928930.html. Acesso: 16 ago. 2020.

COLLINS, Patricia Hill. (1990). Black feminist thought: knowledge, consciousness, and the politics of empowerment. Nova York/Londres, Routledge.

CORBETT, Greville G. (1991). Gender. Cambridge: Cambridge University Press.

CORBETT, Greville G. (ed.). (2015). The expression of gender. Berlim: De Gruyter Mouton.

COSTA, Taís. (2019). Linguagem Neutra de gênero: o que é e como aplicar. Comunidade, 14 jan. 2019. Disponível em: https://comunidade.rockcontent.com/linguagem-neutra-de-genero/. Acesso: 16 ago. 2020.

CRENSHAW, Kimberlé W. (1989). Demarginalizing the intersection of race and sex; a black feminist critique of discrimination doctrine, feminist theory and antiracist politics. University of Chicago Legal Forum, p. 139-167.

CROFT, William. (1994). Semantic universals in classifier systems. Word, v. 45, n. 2, p. 145-171.

DORLIN, Elsa. (ed.). (2008). Black Feminism (1975/2000). Paris: L’Harmattan.

DRYER, Matthews Synge. (1997). Are Grammatical Relations Universal? In: BYBEE, Joan; HAIMAN, John; THOMPSON, Sandra. (orgs.). Essays on Language Function and Language Type: Dedicated to T. Givón. Amsterdam: John Benjamins, p. 115-143.

ECKERT, Penelope; MCCONNELL-GINET, Sally. Language and Gender. Cambridge: Cambridge University Press, 2003.

EPPLE, Carolyn. (1998). Coming to Terms with Navajo Nadleehi: A Critique of Berdache, ‘Gay’, ‘Alternative Gender’, and ‘Two Spirit’.” American Ethnologist, v. 25, n. 2, p. 267-290.

ERFURT, Thomas de. (2019). Tratado sobre os modos de significar ou gramática especulativa. Tradução e comentários Alessandro Jocelito Beccari, Curitiba: Ed. UFPR.

ERRINGTON, Joseph. (2001). Colonial Linguistics. Annual Review of Anthropology, v. 30, p. 19-39.

FAUSTO-STERLING, Anne. (2002). Dualismos em duelo. Cadernos Pagu, n. 17-18, p. 9-79.

FISCHMANN, Roseli. (1994). Discriminação, preconceito, estigma: relações de etnia em escolas e no atendimento à saúde de crianças e adolescentes em São Paulo. Tese de Doutorado em Educação. Faculdade de Educação, Universidade de São Paulo, São Paulo.

FODOR, István. (1959). The Origin of Grammatical Gender. Lingua, v. 8.1, n. 41, p. 186-214.

FREITAS, Monique A. (2017). Brasileirxs e brasileires: um ponto de vista da linguística sobre gênero neutro. Blog Cientistas Feministas, 10 out. 2017. Disponível em: https://cientistasfeministas.wordpress.com/2017/10/10/brasileirxs-e-brasileires-um-ponto-de-vista-da-linguistica-sobre-genero-neutro/. Acesso: 16 ago. 2020.

Fundación Diversencia/Coalición LGBTTTI de las Américas en la OEA; Secretaria de Pueblos Indígenas frente al VIH, Sexualidad y DD.HH (SIPIA); Colectivo Wigudun Galu. (2015). LGBT y diversidades sexuales ancestrales indígenas: las identidades complejas de los actores del desarrollo y la posibilidad de la doble discriminación. Relato presentado no Foro sobre Políticas Relativas a la Sociedad y Reuniones Anuales del Banco Mundial y Fondo Monetario Internacional, Lima, Peru.

GARVIN, Paul. (1948). Kutenai III: morpheme distributions (prefix, theme, suffix). International Journal pf American Linguistics, n. 14, p. 171-187.

GIVÓN, Thomas. (1985). Iconicity, isomorphism and nonarbitrary coding in syntax. In: HAIMAN, John. (org.). Iconicity in syntax. Amsterdam: John Benjamins, p. 187-219.

GONÇALVES, Josiane Peres; OLIVEIRA, Edicleia Lima de. (2019). Diversidade cultural e relações de gênero em uma escola indígena sul-mato-grossense. Educação E Pesquisa, v. 44, e185144.

GOULET, Jean-Guy. (1997). The ‘Berdache’ – ‘two-spirit’: A Comparison of Anthropological and Native Constructions of Gendered Identities among the Northern Athapaskans. The Journal of the Royal Anthropological Institute, v. 2, p. 683-701.

GREENBERG, Joseph H. (1963). Some Universals of Grammar with Particular Reference to the Order of Meaningful Elements. In: GREENBERG, Joseph H. (ed.). Universals of Human Language. Cambridge, Massachusetts/London, England: MIT Press, p. 73-113.

GREENBLATT, Stephen. (1991). Marvelous Possessions: The Wonder of the New World. Chicago: Univ. Chicago Press.

GRIMM, Jacob. (1831). Deutsche Grammatik. Vol. 3. Göttingen: Dieterich.

HALL, Kira. (1997). ‘Go Suck your Husband’s Sugarcane!’ Hijras and the Use of Sexual Insult.” In: LIVIA, Anna; HALL, Kira (eds.). Queerly Phrased: Language, Gender, and Sexuality. New York: Oxford University Press, p. 430-460.

HALL, Kira. (2005). Intertextual Sexuality: Parodies of Class, Identity, and Desire in Liminal Delhi.” Journal of Linguistic Anthropology, v. 15, n. 1, p. 125-144.

HEIDEGGER, Martin. (1947). Carta Sobre o Humanismo. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 1967.

HEINE, Bernd. (1982). African noun class systems. In: SEILER, H.; LEHMANN, C. (orgs.). Apprehension. Das sprachliche Erfassen von Gegenstanden, Teil II: Die Techniken und ihr Zusammenhang in Einzelsprachen. Tubingen: Narr, p. 189-216.

HENRIQUES, Cláudio C. (2004). O cânone lingüístico-literário das gramáticas de Celso Cunha. Filologia e Linguística Portuguesa, n. 6, p. 115-159.

HERDER, Johann G. (1772). Essays on the origin of language. In: HERDER, Johann G; ROUSSOU, Jean-Jacques. On the origin of language. Tradução de John H. Moran e Alexander Gode. Chicago/London: University of Chicago Press, p. 85-166, 1966.

HOOKS, bell. (2013). Ensinando a transgredir: a educação como prática da liberdade. São Paulo: Martins Fontes.

IBRAHIM, Muhammad H. (1973). Grammatical Gender: Its origin and development. The Hague: Mouton.

JESPERSEN, Otto. (1924). The Philosophy of Grammar. London: Allen and Unwin.

JUNKER, Marie-Odile. (2011). Debunking the I above YOU illusion. LIAMES: Línguas Indígenas Americanas, v. 11, n. 1, p. 35-50.

KILOMBA, Grada. (2008). Memórias da plantação. Episódios de racismo cotidianos. Tradução de Jess Oliveira. Rio de Janeiro: Cobogó, 2019.

KNOBLOCK, Natalia. (2021). Using “it” and neuter grammatical gender as a dehumanizing discursive strategy. Manuscrito. Disponível em: https://www.academia.edu/45470489/Using_it_and_neuter_grammatical_gender_as_a_dehumanizing_discursive_strategy. Acesso em 14 de março de 2021.

KOXAMAXOWOO, Tapirapé; CRUZ, Mônica C. (2019). Notas sobre a fala masculina e feminina entre os Apyãwa-Tapirapé. Revista Brasileira De Linguística Antropológica, v. 11, n. 2, p. 167-194.

KUHN, Thomas. (2001). A Estrutura das Revoluções Científicas. 6. Ed. São Paulo: Editora Perspectiva.

KULICK, Don. (1999). Transgender and Language: A Review of Literature and Suggestions for the Future.” Journal of Lesbian and Gay Studies, v. 5, p. 601-622.

KURYŁOWICZ, Jerzy. (1964). The Inflectional Categories of Indo-European. Heidelberg: Carl Winter.

LE GOFF, Jacques. (2003). História e memória. Tradução Irene Ferreira, Bernardo Leitão e Suzana Ferreira Borges. 5. ed. Campinas: Editora da UNICAMP.

LEVY, Robert. (1971). The Community Function of Tahitian Male Transvestism: A Hypothesis. Anthropological Quarterly, v. 44, n. 1, p. 12-21.

LOPORCARO, Mechele. (2018). Gender from Latin to Romance. History, Geography, Typology. Oxford: Oxford University Press.

LUCCHESI, Dante. (2000). A variação na concordância de gênero em uma comunidade de fala afro-brasileira: novos elementos sobre a formação do português popular do Brasil. Tese de Doutorado em Linguística, Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro.

MAGEO, Jeannette M. (1992). Male Transvestism and Cultural Change in Samoa. American Ethnologist, v. 19, n. 3, p. 443-459.

MALDONADO-TORRES, Nelson. (2008). A topologia do Ser e a geopolítica do conhecimento. Modernidade, império e colonialidade. Revista Crítica de Ciências Sociais, n. 80, p. 71-114. DOI: 10.4000/rccs.695

MARTIN, John W. (1975). Gênero? Revista brasileira de linguística, n. 2, p. 3-8.

MATA, José V.T. (2018). A dedução das categorias (o fio condutor). In: ARISTÓTELES. Categorias. Tradução, introdução e notas de José Veríssimo Teixeira da Mata. São Paulo: Editora da UNESP, p. 39-52.

MIGNOLO, Walter D. (1995). The darker side of the Renaissance: literacy, territoriality and colonization. Ann Arbor: The University of Michigan Press.

MIGNOLO, Walter D. (2000). Local histories/global designs: coloniality, subaltern knowledges and border thinking. Princeton: Princeton University Press.

MIGNOLO, Walter D. (2006). Os esplendores e as misérias da “ciência: colonialidade, geopolítica do conhecimento e pluri-versalidade epistémica. In: SOUSA SANTOS, Boaventura de. (Ed). Conhecimento prudente para uma vida decente: um discurso sobre as ciências revisitado. São Paulo: Cortez, p. 667-709.

MIGNOLO, Walter D. (2010). Desobediencia epistémica: retórica de la modernidad, lógica de la colonialidad y gramática de la descolonialidad. Ciudad Autónoma de Buenos Aires: Del Signo.

MORAES, Madson. (2015). A linguagem inclusiva de gênero é uma ferramenta a favor de todos. Nossa Causa, 10 ago. 2015. Disponível em: https://nossacausa.com/linguagem-inclusiva-de-genero-e-uma-ferramenta-favor-de-todos/. Acesso: 16 ago. 2020.

MARTINET, André. (1975). Elementos de Linguística Geral. 6ª ed. São Paulo: Livraria Martins Fontes.

MOURA, Maria Denilda. (2009). Concordância de pronomes pessoais em frases copulativas. Revisado e atualizado, Leitura, n. 43/44, p. 163-190.

NEVES, Maria Helena Moura. (1997). A gramática funcional. São Paulo: Martins Fontes.

NEVES, Maria Helena Moura. (2005). A vertente grega da gramática tradicional: uma visão do pensamento grego sobre a linguagem. 2. ed. rev. e atual. São Paulo: Editora UNESP.

NIETZSCHE, Friedrich. (2016). Aurora. Reflexões sobre os preconceitos morais. Tradução, notas e posfácio Paulo César de Souza. São Paulo: Companhia de Bolso.

OLENDER, Maurice. (2012). As línguas do Paraíso. Arianos e semitas: um casamento providencial. Tradução de Bruno Feitler. São Paulo: Phoebus.

PAPAVERO, Nelson.; ABE, Jair M. (1992). Categorias do ser e biologia. Estudos Avançados, v. 6, n. 14, p. 143-156.

PASSES, Alan. (2006). Do um à metáfora: para um entendimento da matemática pa›ikwené (Palikur). Revista de Antropologia, v. 49, n. 1, p. 245-281.

PAULA, Eunice D. de. (2012). Eventos de fala entre os Apyãwa (Tapirapé) na perspectiva da etnossintaxe: singularidades em textos orais e escritos. Tese de Doutorado em Letras. Faculdade de Letras, Universidade Federal de Goiás, Goiânia.

PORTO-GONÇALVES, Carlos W. (2009). Entre América e Abya Yala. Tensões de territorialidades. Desenvolvimento e Meio Ambiente, n. 20, p. 25-30.

QUIJANO, Anibal. (2000). Coloniality of Power, Eurocentrism and Latin America. Neplanta: Views from South, v. 1, n. 3, p. 533-580.

QUIJANO, Anibal. (2001). Globalización, colonialidad y democracia. In: Instituto de Altos Estudios Diplomáticos Pedro Gual (org.). Tendencias básicas de nuestra época: globalización y democracia. Caracas: Instituto de Altos Estudios Diplomáticos Pedro Gual, p. 25-28.

REGÚNAGA, María A. (2011). El género gramatical en algunas lenguas indígenas sudamericanas desde una perspectiva tipológico-comparativa. Lingüística, v. 26, p. 172-192.

RODRIGUES, Ayron. D. (1990). You and I = Neither You nor I: The Personal System of Tupinambá. In Doris Payne (ed.) Amazonian linguistics: Studies in lowland South American languages, pp. 393-405. Austin: University of Texas Press.

SAUSSURE, Ferdinand de. (1916). Curso de linguística geral. 27. Ed. Tradução de Isaac Nicolau Salum. São Paulo: Cultrix, 2006.

SCHWINDT, Luiz C. (2018). Exponência de gênero e classe temática em português brasileiro, DELTA, São Paulo, v. 34, n. 2, p. 745-768.

SCHWINDT, Luiz C. (2020). Sobre gênero neutro em português brasileiro e os limites do sistema linguístico. Revista da ABRALIN, v. 19, n. 1, p. 1-23.

SCOTT, Joan. (1995). Gênero: uma categoria útil para análise histórica. Educação e Realizadade, v. 20, n. 2, p. 71-99.

SENDÉN, Marie G.; BÄCK, Emma A.; LINDQVIST, Anna. (2015). Introducing a gender-neutral pronoun in a natural gender language: the influence of time on attitudes and behavior. Front. Psychol, v. 6, artigo 893, p. 1-12.

SEVERO, Cristine Gorski. (2016). The Colonial Invention of Languages in America. Alfa, São Paulo, v. 60, p. 11-28.

SINNOT, Megan. (2004). Toms and Dees: Transgender Identity and Female Same-Sex Relationships in Thailand. Honolulu: University of Hawai’i.

TRENDELENBURG, Adolph. (1846). Geschichte der Kategorienlehre. Hildesheim: Olms, 1979.

TRUDGILL, Peter. (2002). Sociolinguistic Variation and Change. Washington DC: Georgetown University Press.

VERNANT, Jean-Pierre. (2012). Prefácio. In: OLENDER, Maurice. As línguas do Paraíso. Arianos e semitas: um casamento providencial. Tradução de Bruno Feitler. São Paulo: Phoebus, p. 7-12.

VILLARTA-NEDER, Marco A. (2002). O movimento dos sentidos: espelhos de Jorge Luís Borges. Tese de Doutorado em Letras. Universidade Estadual Paulista, Araraquara.

WACKERNAGEL, Jacob. [1924] 2009. Lectures on Syntax: With Special Reference to Greek, Latin, and Germanic, Oxford, Oxford University Press.

WAAL, Kees van der. (2011). Bantu: From Abantu to Ubuntu. In: GRUNDLINGH, Albert; HUIGEN, Siegfried (eds.). Reshaping Remembrance. Critical Essays on Afrikaans Places of Memory. Amsterdam: Rozenberg Publishers.

WEINREICH, Uriel. (1953). Languages in contact. New York: Publications of the Linguistic Circle of New York.

WIKAN, Unni. (1978). The Omani Xanith: A Third Gender Role? Man, v. 13, n. 3, p. 473-475.

WOLFF, Francis. (2018). Prefácio. Das categorias de Aristóteles à categorialidade. In: ARISTÓTELES. Categorias. Tradução, introdução e notas de José Veríssimo Teixeira da Mata. São Paulo: Editora da UNESP, p. 11-26.

ZINGANO, Marco. (2013). As Categorias de Aristóteles e a doutrina dos traços do ser. doispontos, v. 10, n. 2, p. 225-254.

Creative Commons License
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.

Copyright (c) 2021 Trabalhos em Linguística Aplicada

Downloads

Não há dados estatísticos.