Banner Portal
A tradução como política linguística: o caso da Unasul
PDF

Palavras-chave

Política linguística. Tradução institucional. Unasul.

Como Citar

QUEIROZ, Guilherme; BAGNO, Marcos; MONTEIRO, Júlio César Neves. A tradução como política linguística: o caso da Unasul. Trabalhos em Linguística Aplicada, Campinas, SP, v. 57, n. 1, p. 127–154, 2018. Disponível em: https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/tla/article/view/8651609. Acesso em: 19 abr. 2024.

Resumo

Busca-se mostrar como a tradução institucional pode ser produto de Políticas Linguísticas, na medida em que estas se configuram, nesse tipo de contexto, também como políticas tradutórias. Estabeleceu-se a União de Nações Sul-Americana (Unasul) como objeto de estudo devido à diversidade de línguas oficiais dessa organização que, em seu próprio Tratado Constitutivo, define o português, o castelhano, o inglês e o neerlandês como idiomas oficiais. Dessa forma, propõe-se uma análise da tradução na Unasul com base na descrição dos processos tradutórios e suas normativas. Parte-se da premissa de que as decisões quanto às linhas de ação dessa instituição, bem como os produtos dela, são acordadas por meio da adoção de um discurso comum e das relações de poder ali presentes. Assim, busca-se fazer uma reflexão sobre a forma como se organizam os interesses dos países nesse âmbito e como isso impacta na produção da tradução do ponto de vista da Política Linguística.

PDF

Referências

ARNOUX, E. N. (2008). La agenda Glotopolítica contemporánea. Hacia la integración sudamericana. In: ARNOUX, E. N.; BEIN, R. (org.), La regulación política de las prácticas lingüísticas. Buenos Aires: Eudeba, pp.1-15.

ARNOUX, E. N; DEL VALLE, J. (2010). Las representaciones ideológicas del lenguaje: Discurso glotopolítico y panhispanismo. Spanish in Context. v. 7, nº 1. pp.1-24.

ARNOUX, E. N; NOTHSTEIN, S. (2014). Introducción. Glotopolítica, integración regional sudamericana y panhispanismo. In: ARNOUX, E. N; NOTHSTEIN, S. (org.), Temas de Glotopolítica: integración regional sudamericana y panhispanismo. Buenos Aires: Biblos, pp.9-29.

BAGNO, M. (2011). O que é uma língua? Imaginário, ciência & hipóstase. In: LAGARES, X.; BAGNO, M. (orgs.), Políticas da norma e conflitos linguísticos. São Paulo: Parábola, pp.355-387.

CALVET, L.J. (2007). As políticas linguísticas, trad. Isabel de Oliveira Duarte, Jonas Tenfen e Marcos Bagno. São Paulo: Parábola Editorial, 2007.

DINIZ, L. R. A. (2016). A promoção do português no espaço de enunciação do Mercosul: alguns equívocos históricos estruturantes. In: ARNOUX, E. N; LAURIA, D. (org.), Lenguas y discursos en la construcción de la ciudadanía sudamericana. Gonnet: UNIPE: Editorial Universitaria, pp.99-113.

EC (EUROPEAN COMISSION). (2015). Translation in Figures – 2014. Disponível em http://ec.europa.eu/dgs/translation/whoweare/translation_figures_en.pdf. Acesso em 23 jun. 2015.

EC (EUROPEAN COMISSION). (2015). Translation and the European Union. Disponível em http://ec.europa.eu/dgs/translation/translating/index_en.htm. Acesso em 23 jun. 2015.

FISCHER, M. (2010). Language (policy), translation and terminology in the European Union. In: THELEN, M.; STEURS, F. (org.), Terminology in everyday life. Amsterdã: John Benjamins, pp.21-34.

FOUCAULT, M. (1987) A arqueologia do saber, trad. Luiz Felipe Baeta Neves. Rio de Janeiro: Forense-Universitária, 1987, 3ª edição.

GUESPIN, L.; MARCELLESI, J.-B. (1986). Pour la glottopolitique. Langages, n. 83, pp.5-34.

KOWERT, P. (1998). Agent versus Structure in the Construction of National Identity. In: KUBÁLKOVÁ, V.; ONUF, N.; KOWERT, P. (org.), International Relations in a Constructed World. Londres: Routledge, 1998, pp.101-122.

LINK, D. (2016). Volvernos calibanes: del panamericanismo al Mercosur. In: ARNOUX, ARNOUX, E. N; LAURIA, D. (org.), Lenguas y discursos en la construcción de la ciudadanía sudamericana. Gonnet: UNIPE: Editorial Universitaria, pp.185-191.

MARCUSCHI, L. A. (2008). Produção textual, análise de gêneros e compreensão. São Paulo: Parábola, 2008.

MOSSOP, B. (1988). Translating institutions: a missing factor in translation theory. TTR: traduction, terminologie, rédaction, vol. 1, nº 2, pp.65-71.

NU (NACIONES UNIDAS). (2014). UNASUR: Un espacio de cooperación e integración para el desarrollo. Santiago, Naciones Unidas, 2014. Disponível em: http://www.unasursg.org/es/la-region-en-cifras. Acesso 10 jun. 2016.

SCHÄFFNER, C.; TCACIUC, L. S.; TESSEUR, W. (2014). Translations practices in political institutions: a comparison of national, supranational, and non-governmental organisations. Perspectives: Studies in Translatology, vol. 22, nº 4, pp.493-510.

TOURY, G. (1995). Descriptive Translation Studies and Beyond. Amsterdã: John Benjamins, 1995.

UNASUL. (2008). Tratado Constitutivo. In: GARCIA, E. V., Diplomacia Brasileira e Política Externa: documentos históricos (1493-2008). Rio de Janeiro: Contraponto, pp.731-744.

UNASUR. (2012). Reglamento General de UNASUR. Bogotá: UNASUR, 2012.

UNASUR. (2015). UNASUR/CMRE/Resolution nº 018/2015: Annual Budget of UNASUR for the year 2016. Disponível em http://www.itamaraty.gov.br/images/ed_integracao/docs_UNASUL/RES.018-2015ENG.pdf. Acesso 20 dez. 2016.

van SPLUNDER, F. T. (2015). Taalstrijd:over relaties tussen talen in de wereld, Europa, Nederland en Vlaanderen. Bruxelas: ASP, 2015.

VIEIRA, R. (2010). Foucault em casa: aspectos discursivos da construção da Comunidade Sul-Americana de Nações (2004 – 2006). Brasília: Fundação Alexandre de Gusmão, 2010.

O periódico Trabalhos em Linguística Aplicada utiliza a licença do Creative Commons (CC), preservando assim, a integridade dos artigos em ambiente de acesso aberto, em que:

  • A publicação se reserva o direito de efetuar, nos originais, alterações de ordem normativa, ortográfica e gramatical, com vistas a manter o padrão culto da língua, respeitando, porém, o estilo dos autores;
  • Os originais não serão devolvidos aos autores;
  • Os autores mantêm os direitos totais sobre seus trabalhos publicados na Trabalhos de Linguística Aplicada, ficando sua reimpressão total ou parcial, depósito ou republicação sujeita à indicação de primeira publicação na revista, por meio da licença CC-BY;
  • Deve ser consignada a fonte de publicação original;
  • As opiniões emitidas pelos autores dos artigos são de sua exclusiva responsabilidade.

Downloads

Não há dados estatísticos.