Banner Portal
Videorresenhas do Booktube
PDF

Palavras-chave

Reelaborações de gêneros
BookTube
Videorresenha

Como Citar

ARAÚJO, Júlio; ANDRADE, Francisco Rogiellyson da Silva; LIMA, Janyele Gadelha de. Videorresenhas do Booktube: uma análise da organização sociorretórica desse gênero. Trabalhos em Linguística Aplicada, Campinas, SP, v. 60, n. 3, p. 853–864, 2021. Disponível em: https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/tla/article/view/8663982. Acesso em: 16 abr. 2024.

Resumo

Este artigo analisa a resenha de livro no âmbito da rede social YouTube, considerando as estratégias de distribuição de informações nas resenhas publicadas nesse ambiente virtual. Teoricamente, apoiamo-nos, principalmente, no que se concerne ao processo de reelaboração de gêneros nas redes sociais (ARAÚJO, 2016). Além disso, partimos do instrumental analítico chamado Create a Research Space (CARS), proposto, inicialmente, por Swales (1984), para o estudo da organização de introduções de artigos científicos, posteriormente utilizado por Motta-Roth (1995) e outros autores para o estudo da resenha acadêmica. Partindo de uma metodologia de cunho etnográfico, reunimos 10 resenhas produzidas por usuários desse ambiente virtual, os chamados booktubers. A análise dos dados nos mostra que, apesar de muitos moves e subfunções que compõem a resenha acadêmica se manterem nessa realização do gênero, novas unidades retóricas, porém, aparecem nas resenhas, o que demonstrou a necessidade da reelaboração da sua organização retórica para contemplar o ato de resenhar no YouTube.

PDF

Referências

ARAÚJO, A. D. Lexical signalling: a study of unspeci c-nouns in book reviews. 1996. Tese (Doutorado em Linguística Aplicada) – Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis.

ARAÚJO, A. D. O gênero resenha acadêmica: organização retórica e sinalização lexical. In: BIASI-RODRIGUES, B.; ARAÚJO, J. C.; SOUSA, S. C. T. (Org.). Gêneros textuais e comunidades discursivas: um diálogo com John Swales. Belo Horizonte: Autêntica Editora, 2009, p. 77-93.

ARAÚJO. J. Os chats: uma constelação de gêneros na Internet. Tese (Doutorado em Linguística). Fortaleza: Universidade Federal do Ceará, 2006.

ARAÚJO, J. Reelaborações de gêneros em redes sociais. In. ARAÚJO, J.; LEFFA, V. Redes sociais e ensino de línguas: o que temos de aprender? São Paulo: Parábola Editorial, 2016, p. 49-64.

ARAÚJO, J. Constelação de gêneros: a construção de um conceito. São Paulo: Parábola, 2021.

ARAÚJO, J. C. et al. O ato de resenhar no Skoob. Letras em Revista, Teresina, v. 9, n. 01, jun. 2018, p. 107-118. Disponível em: <https://ojs.uespi.br/index.php/ler/article/view/132>. Acesso em: 03 mar. 2020.

ARAÚJO, J.; SOUSA, M. M. N.; CAVALCANTI, J. M. Comunidade discursiva e redes sociais: os resenhadores do Skoob. Revista Intercâmbio, v. 45, n. 1, p. 28-51, 2020.

BAKHTIN, M. Estética da criação verbal. Tradução de Maria Ermantina Galvão G. Pereira. 2. ed. São Paulo: Martins Fontes, 1997.

BEZERRA, B. G. A resenha acadêmica em uso por autores proficientes e iniciantes. In: BIASI-RODRIGUES, B.; ARAÚJO, J. C.; SOUSA, S. C. T. (Org.). Gêneros textuais e comunidades discursivas: um diálogo com John Swales. Belo Horizonte: Autêntica Editora, 2009, p. 95-115.

COSTA, R. R.; COSTA, S. M. Corpos em campo: performance, visibilidade e impermeabilidade na apresentação do self de jogadores de futebol no Instagram. Linguagem & Ensino, Pelotas, v.17, n.3, p.677-704, set./dez. 2014.

GEERTZ, C. A interpretação das culturas. Rio de Janeiro: LTC, 1989.

HYLAND, K. Disciplines and discourses: social interactions in the construction of knowledge. Pearson Education Limited, 2000.

HYLAND, K. Academic discourse: English in a Global Context. London: Continuum, 2009.

LEMKE, J. L. Letramento metamidiático: transformando significados e mídias. Trabalhos em Linguística Aplicada, Campinas, v. 49, n. 2, p. 455–479, 2016. Disponível em: https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/tla/article/view/8645275. Acesso em: 26 jun. 2021.

LIMA, J. G. et al. Reelaboração do gênero resenha no YouTube. In: LIMA, J. A. de. et al. Atas do IV Encontro Internacional de Jovens Investigadores – JOIN 2018. Açores: Universidade dos Açores, 2018, p. 520-529.

MAINGUENEAU, D. Análise de textos de comunicação. Tradução de Cecília P. de Souza-e-Silva e Décio Rocha. São Paulo: Cortez, 2001.

MOTTA-ROTH, D. Rhetorical Features and Disciplinary Cultures: a genre-based study of academic book reviews in linguistics, chemistry and economics. 1995. 356 f. Tese (Doutorado em Linguística Aplicada) – Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, 1995.

NAVAS, E. Regressive and Reflexive Mashups in Sampling Culture. In: SONVILLA-WEISS, S. (Ed.). Mashup Cultures. Wien; New York: Springer, 2010. p. 157-177.

ROJO, R.; MOURA, E. Letramentos, Mídias, Linguagens. São Paulo: Parábola, 2019.

SOUSA, S. C. T. de. Gênero textual e comunidade jornalística. São Paulo: Blucer Acadêmico, 2012.

SWALES, J. M. Research Into the Structure of Introductions to Journal Articles and its Application to the Teaching of Academic Writing. In: WILLIAMS, R.; SWALES, J; KIRKMAN, J. Common Ground: shared interests in ESP and communication studies. ELT Documents 117, 1984.

Creative Commons License
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.

Copyright (c) 2021 Trabalhos em Linguística Aplicada

Downloads

Não há dados estatísticos.