Resumo
Neste artigo analisamos a trajetória de um grupo de professores de Matemática participantes de Projeto do Programa OBEDUC da CAPES buscando compreender as contribuições para seu desenvolvimento profissional. A fundamentação teórica veio de Murphy e Lick, referente aos grupos de estudos; de Zeichner para prática reflexiva, de Ponte, para desenvolvimento profissional e de Boavida & Ponte, quanto ao trabalho colaborativo. A pesquisa qualitativa utilizou para coleta de dados questionário, depoimentos e gravações dos encontros. A análise foi interpretativa e por tratamento com o software CHIC. As metodologias utilizadas nos processos formativos envolveram conteúdos matemáticos, estratégias pedagógicas e compartilhamento das experiências em vários contextos (no grupo, na escola, nos eventos). Assim contribuíram para que o professor desempenhasse um novo papel, o de formador, e propiciaram a construção de uma cultura de grupo possibilitando a cada participante ensinar e aprender com o outro.Referências
Almouloud, S. (1992). L’ordinateur, outitl d’aide à l’apprentissage de la démonstration et de traitement de données didactiques. Tese de Doutorado em Educação Matemática. Rennes: Université de Rennes I.
Amado, J. (2013). Manual de investigação qualitativa em educação. Coimbra: Imprensa da Universidade de Coimbra.
Boavida, A. M. & Ponte, J. P. (2002). Investigação colaborativa: Potencialidades e problemas. In GTI (Ed.). Reflectir e investigar sobre a prática profissional. (pp.43-55). Lisboa: APM
Boesing, C. (2009). A prática da pesquisa nas aulas de matemática: vivências de professores do ensino fundamental que integram um grupo de estudos. Dissertação de Mestrado em Educação, Ciências e Matemática. Porto Alegre: Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul.
Etcheverria, T.C. (2008). Educação continuada em grupos de estudos: possibilidades com foco no ensino da geometria. Dissertação de Mestrado em Educação em Ciências e Matemática. Porto Alegra: Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul.
Ferreira, A. C. (2003). Metacognição e desenvolvimento profissional de professores de matemática: uma experiência de trabalho colaborativo. Tese de Doutorado em Educação. Campinas (SP): Universidade Estadual de Campinas.
Gimenes, J. (2006). Contribuições de um grupo de estudos para a formação matemática de professoras que lecionam nas séries iniciais. Dissertação de Mestrado em Educação Matemática. Rio Claro (SP): Universidade Estadual Paulista.
Gimenes, J. & Penteado, M.G. (2008). Aprender matemática em grupo de estudos: uma experiência com professoras de séries iniciais. Zetetiké. Unicamp, 16 (29), 73-92
Gras, R. & Almouloud, S. (2002). A implicação estatística usada como ferramenta em um exemplo de análise de dados multidimensionais. Revista Educação Matemática Pesquisa. Programa de Estudos Pós-Graduados em Educação Matemática. PUCSP. São Paulo: EDUC, 4 (2), 75-88.
Gras, R. Couturier. R. (2010). Spécificités de l'Analyse Statistique Implicative (A.S.I.) par rapport à d'autres mesures de qualité de règles d'association. In Régnier, J.C., Gras, R., Spagnolo, F. & Paola, B. D. (Eds). A.S.I. 5 - Analyse Statistique Implicative. Objet de recherche et de formation en analyse des données, outil pour la recherche multidisciplinaire. Prolongement des débats. Quaderni di Ricerca in Didattica Matematica. 1(20), pp.19-57, Palermo. Retirado em 15 de junho, 2011, de http://math.unipa.it/~grim/QRDM_20_Suppl_1.htm.
Hargreaves, A. (1998). Os professores em tempos de mudança: o trabalho e a cultura dos professores na idade pós-moderna, Lisboa: Ed McGraw-Hill.
Lima, L. F. (2009). Grupo de estudos de professores e a produção de atividades matemáticas sobre funções utilizando computadores. Dissertação de Mestrado em Educação Matemática. Rio Claro (SP): Universidade Estadual Paulista.
Lobo da Costa, N. M. & Prado, M.E.B.B. (2012). Mathematics Teacher Continuing Education: Fostering the Constitution of a Learning Network. REDIMAT - Journal of Research in Mathematics Education. 1, 136-158.
Lobo da Costa, N. M. (2004). Formação de professores para o ensino da matemática com a informática integrada à prática pedagógica: exploração e análise de dados em bancos computacionais. Tese de Doutorado em Educação. São Paulo: Pontifícia Universidade Católica de São Paulo.
Lopes, C. A. E. (2003) O conhecimento profissional dos professores e suas relações com Estatística e Probabilidade na Educação Infantil. Tese de Doutorado em Educação. Campinas: FE/Unicamp.
Mädche, F. C. & Mallmann, T. (2006). Grupo de estudos: o sonho que se sonha em conjunto se torna realidade. São Leopoldo: Unisinos.
Murphy, C. & Lick, D. (1998). Whole faculty study groups: A powerful way to change schools and enhance learning. California: Corwin.
Ponte, J. P. (1997). O conhecimento profissional dos professores de matemática (Relatório final do Projecto O saber dos professores: Concepções e práticas). Lisboa: DEFCUL.
Prado, M.E.B.B. (2008). Mapeando registros textuais no CHIC para formação de professores. In: Okada. A. (org.). Cartografia cognitiva: mapas do conhecimento para pesquisa, aprendizagem e formação docente. (pp. 339-352). Cuiabá: KCM.
Prado, M.E.B.B. & Lobo da Costa, N. M. (2012). Grupo de Estudos e o professor de Matemática: Revendo a Prática no Contexto Escolar. Anais do V SIPEM Seminário Internacional de Pesquisa em Educação Matemática. Petrópolis/RJ: Sociedade Brasileira de Educação Matemática.
Schön, D. (1992). Formar Professores como Profissionais Reflexivos. In: Nóvoa, A. (coord.). Os professores e a sua formação. Lisboa, Portugal: Publicações Dom Quixote Instituto de Inovação Educacional.
Shulman, L. (1986). Those Who Understand: Knowledge Growth in Teaching. Educational Researcher, 15 (2), 4-14.
Shulman, L. (1989). Teaching alone, learning together: needed agendas for the new reforms. San Antonio, USA: Conferência na Trinity University.
Silva, G. H. G. da. (2010). Grupos de estudo como possibilidade de formação de professores de matemática no contexto da geometria dinâmica. Dissertação de Mestrado em Educação Matemática. Rio Claro (SP): Universidade Estadual Paulista.
Vieira, E. V. (2013). Grupo de estudos de professores e a apropriação de tecnologia digital no ensino de geometria: caminhos para o conhecimento profissional. Tese de Doutorado em Educação Matemática. Universidade Anhanguera de São Paulo.
Vygotsky, L. S. (1984). Formação social da mente: o desenvolvimento dos processos psicológicos superiores. Tradução por J. Cipolla Neto. São Paulo: Editora Martins Fontes.
Zeichner, K. M. (1993). A formação reflexiva de professores: idéias e práticas. Lisboa: Educa.
Zeichner, K. M. (2003). Formando professores reflexivos para a educação centrada no aluno: possibilidades e contradições. In: Barbosa, R. L. L. (Org.). Formação de educadores: desafios e perspectivas. (pp.35-55). São Paulo: Editora UNESP.
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial-NoDerivatives 4.0 International License.
Copyright (c) 2017 Zetetike