Banner Portal
O estrangeiro aprendera a falar a língua do imperador... A lógica do traçado
PDF

Palavras-chave

Desenho
Matemática
História
História da educação

Como Citar

MACHADO, Rosilene Beatriz; FLORES, Cláudia Regina. O estrangeiro aprendera a falar a língua do imperador... A lógica do traçado. Zetetike, Campinas, SP, v. 26, n. 3, p. 586–612, 2018. DOI: 10.20396/zet.v26i3.8649929. Disponível em: https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/zetetike/article/view/8649929. Acesso em: 3 jul. 2024.

Resumo

Este artigo intenta analisar como saberes em desenho e matemática são mobilizados em tratados militares, especificamente, nas obras: Tratado sobre a Fortificação de Cidades, Fortalezas e Vilas (1527), escrito por Albrecht Dürer; Methodo Lusitanico de Desenho de Fortificaçoens das Praças Regulares e Irregulares (1680), de autoria de Luís Serrão Pimentel; e O Engenheiro Portuguez: dividido em dous tratados (1728), de autoria de Manoel de Azevedo Fortes. Isso porque, dando a ver e falar determinado discurso, esses textos funcionam como dispositivos de enunciação que contribuíram à constituição e difusão do desenho e da matemática enquanto saberes a ensinar. O que implica, ademais, um alargamento da compreensão de que esses saberes não devem ser desvinculados de práticas sociais; que foram essas práticas que elegeram seus conteúdos como objeto de ensino; e que foram esses conteúdos, posteriormente, que compuseram os currículos escolares.

https://doi.org/10.20396/zet.v26i3.8649929
PDF

Referências

Bélidor, B. F. (1729). La Science des Ingénieurs dans la Conduite des Travoux de Fortifications et d’Architecture Civile. Paris.

Bueno, B. P. S. (2011). Desenho e desígnio: o Brasil dos engenheiros militares (1500-1822). São Paulo: Edusp.

Calvino, I. (2014). As cidades invisíveis. São Paulo: Companhia das letras.

Comenius, J. A. (2002). Didática Magna. Trad. Ivone Castilho Benedetti (2a ed). São Paulo: Martins Fontes.

Dória, R. P. (2004). Entre o Belo e o Útil: manuais e práticas do ensino do desenho no Brasil do século XIX. Tese de Doutorado em Estruturas Ambientais Urbanas. São Paulo: Universidade de São Paulo.

Flores, C. R. (2008). Saber, tecnologia e representação na arte militar do século XVII: a propósito da obra de Luís Serrão Pimentel. Educação Matemática e Pesquisa, São Paulo, 10(2), 279-293.

Fortes, M. A. (1728). O engenheiro portuguez. Lisboa: Officinas Manoel Fernandes da Costa.

Foucault, M. (2010). Microfísica do Poder. Rio de Janeiro: Edições Graal.

Foucault, M. (2014). História da sexualidade I: a vontade de saber. São Paulo: Paz e Terra.

Dürer, A. (2004). Tratado de arquitectura y urbanismo militar. Madri: Akal.

Machado, R. B. (2016). Cartografia, Saber, Poder: Da emergência do desenho como disciplina escolar. Tese de Doutorado em Educação Científica e Tecnológica. Florianópolis: Universidade Federal de Santa Catarina.

Moreira, A. J. (1793). Regras de desenho para planificação das plantas, perfis e perspectiva. Lisboa: Typographia de João Antonio da Silva.

Pimentel, L. S. (1680). Método Lusitânico de Desenhar as Fortificações das Praças Regulares e Irregulares. Lisboa, Impressão de Antonio Craeseeck de Mello Impressor de S. Alteza.

Soromenho, M. (1991). Manuel Pinto de Vilalobos: da Engenharia Militar à Arquitectura. Dissertação de Mestrado em História da Arte. Lisboa: Universidade Nova de Lisboa.

Tonera, R.; Oiveira, M. M. de. (2015). As defesas da Ilha de Santa Catarina e do Rio Grande de São Pedro em 1786 de José Correia Rangel. (2a ed). Florianópolis: Ed. da UFSC.

Trinchão, G. M. C. (2008). O desenho como objeto de ensino: história de uma disciplina a partir dos livros didáticos luso-brasileiros oitocentistas. Tese de Doutorado em Educação. São Leopoldo: Universidade do Vale do Rio Sinos.

Creative Commons License

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial-NoDerivatives 4.0 International License.

Copyright (c) 2018 Zetetike

Downloads

Não há dados estatísticos.