Banner Portal
O Mágico de Oz, o Mito da Caverna e os currículos de matemática
PORTUGUÊS
INGLÊS

Palavras-chave

Educação matemática
Currículos de matemática
Poder
Política
Desejo

Como Citar

RUIDIAZ, Paola Amaris; GODOY, Elenilton Vieira; SILVA, Marcio Antonio da. O Mágico de Oz, o Mito da Caverna e os currículos de matemática: o ideal e o possível. Zetetike, Campinas, SP, v. 28, p. e020028, 2020. DOI: 10.20396/zet.v28i0.8658657. Disponível em: https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/zetetike/article/view/8658657. Acesso em: 25 abr. 2024.

Resumo

A partir da apresentação de dois cenários fictícios — O Mágico de Oz e o Mito da Caverna —, o objetivo é argumentar que os currículos de Matemática, os currículos, a Educação Matemática, a Educação, a Pedagogia, entre outros campos de pesquisa, são fortemente inspirados na metáfora do desejo pela falta. No caso do “Mágico de Oz” e das idealidades do “Mito da Caverna”, nos prendendo ao que é desejável, sempre apontando para um futuro que nunca chega. Com isso, talvez pudéssemos pensar na possibilidade de agir molecularmente, nas nossas salas de aula, nas nossas pesquisas, nas nossas falas e nos nossos textos para que possamos não buscar o desejável ideal de estudante, de professor, de aula de matemática, de escola, de currículo; mas que façamos o que é possível fazer, a partir de um posicionamento político que nos dê clareza de que é possível construir uma outra ética da existência.

https://doi.org/10.20396/zet.v28i0.8658657
PORTUGUÊS
INGLÊS

Referências

Ball, S. J. (2005). Profissionalismo, gerencialismo e performatividade. Cadernos de Pesquisa, 35 (126), 539–564. Retirado, em 20 de fevereiro 2020, de <https://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0100-15742005000300002>.

Ball, S. J. (2010). Performatividades e fabricações na economia educacional: rumo a uma sociedade performativa. Educação & Realidade, 35 (2), 37–55.

Clements, M. A., Ken et al. (2013). Third International Handbook of Mathematics Education (v. 27). New York: Springer New York.

Costa, M. V. (2010). Poder, discurso e política cultural: contribuições dos Estudos Culturais ao campo do currículo. In: A. C. Lopes, E. Macedo, (Eds.). Currículo: debates contemporâneos (pp. 133-149). 3. ed. São Paulo: Cortez.

Dardot, P., & Laval, C. A. (2016). Nova Razão do Mundo: ensaio sobre a sociedade neoliberal. Tradução Mariana Echalar. São Paulo: Boitempo.

Deleuze, G., & Guattari, F. (2004). O Anti-Édipo. Capitalismo e esquizofrenia. Tradução Joana Morales Varela; Manuel Maria. Lisboa: Assirio & Alvim.

Deleuze, G. (1996). Desejo e Prazer. Tradução Luiz Orlandi. Cadernos de Subjetividade, número especial, 13-25.

Doll Jr, W., & Wendi, B. (2002). Ghosts and the Curriculum. In: W. Doll Jr, B. Wendi, & N. Gough (Eds.). Curriculum visions (pp. 23-72). New York: Peter Lang.

Fernandes, F., Miarka, R., & Barros, M. (2018). Por uma didática na/da formação do professor de Matemática. In: R. Silva (Org.) Processos formativos em educação matemática: perspectivas filosóficas e pragmáticas [recurso eletrônico]. Porto Alegre, RS: Editora Fi.

Foucault, M. (1999). Em Defesa da Sociedade: Curso no Collège de France (1975-1976). Tradução Maria Ermantina Galvão. São Paulo: Martins Fontes.

Foucault, M. (2008). Seguranca, Território, Populacão: Curso dado no College de France (1977-1978). Tradução Eduardo Brandão. São Paulo: Martins Fontes.

Foucault, M. (1994). Hermenéutica del sujeto. Madrid: Ediciones de la piquera.

Friedrich, D. (2010). Historical consciousness as a pedagogical device in the production of the responsible citizen. Discourse: Studies in the Cultural Politics of Education, 31 (5), 649–663.

Disponível em: http://www.tandfonline.com/doi/abs/10.1080/01596306.2010.516947. Acesso em: 19. fev. 2020.

Godoy, E. V. (2015). Cultura, currículo e educação matemática: uma aproximação possível? Campinas: Papirus.

Godoy, E. V., & Santos, V. (2017). O Currículo da Matemática escolar e a centralidade da dimensão cultural. Educação Matemática Pesquisa, 19(3), 276-30.

Gutiérrez, R. (2013). The Sociopolitical Turn in Mathematics Education. Journal for Research in Mathematics Education, 44 (1), 37–68. Disponível em: https://www.researchgate.net/publication/259749651_The_Sociopolitical_Turn_in_Mathematics_Education. Acesso em: 22. fev. 2020.

Lerman, S. (2000). The Social Turn in Mathematics Education Research. In: J. Boaler (Ed.). Multiple Perspectives on Mathematics Teaching and Learning. International Perspectives on Mathematics Education (pp. 19–44). Westport, CT: Ablex Publishing.

Macedo, E. (2006). Currículo: Política, cultura e poder. Currículo sem Fronteiras, 6 (2), 98-113.

Moura, C. A. (2020). Grande Mentira...: e a Verdade que nos fizeram esquecer!. Bibliomundi.

Orey, D. C., & Rosa, M. (2003). Vinho e queijo: Etnomatemática e modelagem. Bolema, 16 (20), 1-16.

Orey, D. C., & Rosa, M. A. (2007). Dimensão crítica da modelagem matemática.: Ensinando para a eficiência sociocrítica. Revista Horizontes, 25 (2), 197-206.

Orlandi, L. B., Rago, M., & Veiga-Neto A. (2002). Que estamos ajudando a fazer de nós mesmos. Imagens de Foucault e Deleuze: ressonâncias nietzschianas (pp. 217-238). Rio de Janeiro: DP&A.

Pinar, W. F., & Grumet, M. (1976). Toward a poor curriculum. Kendall/Hunt Publishing Company.

Pinar, W. F. (2007). O que é a Teoria do Currículo? Porto: Porto Editora.

Popkewitz, T. S. (2004). The Alchemy of the Mathematics Curriculum: Inscriptions and the Fabrication of the Child. American Educational Research Journal, 41 (1), 3–34. Disponível em: http://aer.sagepub.com/cgi/doi/10.3102/00028312041001003.

Silva, T. T. (2005). Documentos de identidade: uma introdução às teorias do currículo. 2ª ed. Belo Horizonte: Autêntica.

Silva, T. T. (2000). Teorias do currículo: Uma introdução crítica. Porto: Porto Editora.

Silva, M. A. (2016). Investigações Envolvendo Livros Didáticos de Matemática do Ensino Médio: a trajetória de um grupo de pesquisa. RIPEM - Revista Internacional de Pesquisa em Educação Matemática, 9 (3), 36–54.

Silva, M. A. (2018). Currículo e Educação Matemática: a política cultural como potencializadora de pesquisas. Perspectivas da Educação Matemática, 11 (26), 202–224.

Silva, M. A. (2019). A Política Cultural dos Livros Didáticos de Matemática: um guia para transformar estudantes em cidadãos neoliberais. Linhas Críticas, 25, 381–398. Disponível em: http://periodicos.unb.br/index.php/linhascriticas/article/view/21853.

Silva, M. A., & Miarka, R. (2017). Geni, a Pesquisa em [E]educação [M]matemática e o Zepelim. Perspectivas da Educação Matemática, 10 (24), 752–767.

Tadeu, T. (2007). Políptico. Educação em Revista, Belo Horizonte, 45, 309-322.

Valero, P. (2010). Mathematics education as a network of social practices. In V. Durand-Guerrier, S. SouryLavergne, & F. Arzarello (Eds.) Proceedings of the Sixth Congress of the European Society for Research in Mathematics Education (pp. LIV–LXXX). Lyon: Institut National de Récherche Pédagogique.

Valero, P., & Knijnik, G. (2015). Governing the modern, neoliberal child through ICT research in mathematics education. For the Learning of Mathematics, 35, (2), 34–39.

Valero, P., & Knijnik, G. (2016). Mathematics Education as a Matter of Policy. In: M. A. Peters (Ed.). Encyclopedia of Educational Philosophy and Theory (pp. 1–6). Singapore: Springer Singapore.

Valero, P., Andrade-Molina, M., & Montecino, A. (2015). Lo político en la educación matemática: de la educación matemática crítica a la política cultural de la educación matemática. Revista latinoamericana de investigación en matemática educativa, 18 (3), 287-300.

Valero, P. (2014). Political Perspectives in Mathematics Education. In: S. Lerman (Ed.), Encyclopedia of Mathematics Education (pp. 484-487). Dordrecht, Netherlands: Springer Netherlands.

Creative Commons License

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial-NoDerivatives 4.0 International License.

Copyright (c) 2020 Zetetike

Downloads

Não há dados estatísticos.