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Nísia Floresta
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Palavras-chave

Currículo
Educação matemática
Teoria crítica
Seyla Benhabib
Feminismo

Como Citar

PERALTA, Deise Aparecida. Nísia Floresta: uma voz por reconhecimento das mulheres na história do currículo. Zetetike, Campinas, SP, v. 30, n. 00, p. e022013, 2022. DOI: 10.20396/zet.v30i00.8667895. Disponível em: https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/zetetike/article/view/8667895. Acesso em: 25 abr. 2024.

Resumo

Neste texto discuto o dilema vivido pela educadora Nísia Floresta, diante de ataques públicos sofridos, em função da sua proposta curricular para educação de mulheres no século XIX. O artigo ilustra como, historicamente, as mulheres sofreram com ataques androcêntricos em cenários sociais injustos e de desigualdades na luta para aprender e ensinar matemática. Para tanto, em termos estruturais, após uma breve introdução sobre a adequação do debate feminista aos estudos curriculares, segue uma discussão sobre o conceito de “reconhecimento”, e finalmente uma seção que analisa publicações de um jornal com teor agressivo e difamatório sobre Nísia Floresta. Em termos metodológicos, foram analisados excertos de textos publicados no Jornal O Mercantil, levantados dentre os arquivos digitais da Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro, noticiando sobre a educadora, considerando o conceito de “reconhecimento” da filósofa feminista Seyla Benhabib.

https://doi.org/10.20396/zet.v30i00.8667895
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