Banner Portal
A escola na mídia: entre inovações e controles
PDF

Palavras-chave

Escola. Mídia. Violência escolar. Novas tecnologias. Vigilância. Controle.

Como Citar

ROCHA, Cristianne Maria Farmer. A escola na mídia: entre inovações e controles. ETD - Educação Temática Digital, Campinas, SP, v. 9, p. 126–148, 2009. DOI: 10.20396/etd.v9i0.1048. Disponível em: https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/etd/article/view/1048. Acesso em: 11 out. 2024.

Resumo

A mídia se constituiu, ao longo dos últimos tempos, em um espaço privilegiado de circulação de saberes e conhecimentos sobre a vida em geral. Em relação à escola, não tem sido diferente. Com o objetivo de analisar a produtividade de alguns dos discursos sobre a escola, presentes na mídia – particularmente aquela impressa –, busquei, nas reportagens sobre a violência escolar e sobre o incentivo à utilização das novas tecnologias, confirmar a existência de um dispositivo (FOUCAULT, 1989) continuamente utilizado pela mídia para enfatizar a relevância da escola entre nós. Os exemplos aqui trazidos ilustram a variedade, a quantidade e a “qualidade” dos argumentos utilizados em relação à escola e, ainda que as conclusões não sejam (nem pretendam ser) definitivas, talvez a única saída para a escola contemporânea, apontada pelas reportagens, seja, diante das constantes ameaças, fazer uso das inovadoras tecnologias e dos infinitos mecanismos de controle para manter “nas” escolas os incivis, indisciplinados e mal-educados que ainda não conseguiram aprender a acreditar na importância da mesma (e na educação por ela praticada). 

https://doi.org/10.20396/etd.v9i0.1048
PDF

Referências

BAUMAN, Z. Comunidade: a busca por segurança no mundo atual. Trad. Plínio Dentzien. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2003.

BORGES, W. Mídia impressa e violência: (re)construção do espaço público. Belo Horizonte: Intercom, 2003.

CORREIO DO POVO. Porto Alegre, 2000-2004.

DEBARBIEUX, E. Violência escolar: um problema mundial. Disponível em: http://www.unesco.org/courier/index.htm. Acesso em: 3 mai. 2001.

DELEUZE, G. Conversações (1972-1990). Trad. Peter Pál Pelbart. Rio de Janeiro: 34, 1998.

FISCHER, R. M. B. Adolescência em discurso: mídia e produção de subjetividade. 1996. 297 fl. Tese. (Doutorado em Educação) – Programa de Pós-Graduação em Educação, Faculdade de Educação, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, 1996.

FISCHER, R. M. B. O estatuto pedagógico da mídia: questões de análise. Educação & Realidade, Porto Alegre, v.22, n.2, p.59-80, jul./dez. 1997.

FOLHA DE SÃO PAULO. São Paulo, 2000-2004.

FOLHA ONLINE. Disponível em: http://www.folha.uol.com.br/. Acessos de 1997 a 2004.

FONTCUBERTA, M. Medios de comunicación e gestión del conocimiento. Escuela y medios de comunicación, Santiago (Chile), n. 32, p.18-43, mayo/ago. 2003.

FOUCAULT, M. Microfísica do poder. Trad. e Org. Roberto Machado. Rio de Janeiro: Edições Graal, 1989.

FOUCAULT, M. A arqueologia do saber. 5. ed. Trad. Luiz Felipe Baeta Neves. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 1997a.

FOUCAULT, M. El nacimiento de la biopolítica. In: FOUCAULT, M. Curso en el Collège de France (1978-1979). Buenos Aires: Fondo de Cultura Económica, 2007.

FOUCAULT, M. Em defesa da sociedade. In: FOUCAULT, M. Curso no Collège de France (1975-1976). Trad. Maria Ermantina Galvão. São Paulo: Martins Fontes, 2000.

FOUCAULT, M. História da sexualidade I: a vontade de saber. 13. ed. Trad. Maria Thereza Albuquerque e J.A. Albuquerque. Rio de Janeiro: Graal, 1999.

FOUCAULT, M. Seguridad, territorio, población. In: FOUCAULT, M. Curso en el Collége de France (1977-1978). Buenos Aires: Fondo de Cultura Económica, 2006.

FOUCAULT, M. Vigiar e punir: nascimento da prisão. 15. ed. Trad. Raquel Ramalhete. Petrópolis: Vozes, 1997b.

HARDT, M.; NEGRI, A. Império. Trad. Berilo Vargas. Rio de Janeiro: Record, 2001.

ISTOÉ. São Paulo: Três Editorial, 1998-2002.

KELLNER, D. A Cultura da mídia. Estudos culturais: identidade e política entre o moderno e o pós-moderno. Trad. Ivone C. Benedetti. Bauru: EDUSC, 2001.

KLEIN, N. Sem Logo: a tirania das marcas em um planeta vendido. 2. ed. Trad. Ryta Vinagre. Rio de Janeiro: Record, 2002.

LIMA, R. Que fazer com a universidade “pathos-lógica”. Disponível em: www.espaçoacademico.com.br/14ray.htm. Acesso em: 24 jul. 2002.

MACHADO, R. Por uma genealogia do poder. In: FOUCAULT, M. Microfísica do Poder. Trad. e Org. Roberto Machado. Rio de Janeiro: Graal, 1989, p.7-23.

ROCHA, C. M. F. A Escola na mídia: nada fora do controle. 2005. Tese. (Doutorado em Educação) – Programa de Pós-Graduação em Educação, Faculdade de Educação, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, 2005. Disponível em: http://www.bibliotecadigital.ufrgs.br/da.phpnrb=000484351&loc=2005&l=f9e6e78961ea2931.

RONDELLI, E. Imagens da violência e práticas discursivas. In: PEREIRA, C. A. M.; RONDELLI, E.; SCHOLLHAMMER, K. E.; HERSCHMANN, M. (Orgs.). Linguagens da violência. Rio de Janeiro: Rocco, 2000, p.144-162.

SANTOS, J. D. Notas sobre controle e vigilância. Porto Alegre, 2004. (Texto digitado) SARTORI, G. Homo videns: televisão e pós-pensamento. Trad. Antonio Angonese. Bauru: EDUSC, 2001.

SORRIA: você está sendo vigiado. Amanhã: Economia & Negócios. Porto Alegre, ano 15, n.160, capa e p.34-43, nov. 2000.

SPOSITO, M. P. Percepções sobre jovens nas práticas públicas de redução da violência em meio escolar. Pro-posições, Campinas, v. 13, n. 3 (39), p.71-83, set./dez. 2002.

TIROS EM COLUMBINE (Bowling for Columbine). Escrito e dirigido por Michael Moore. Co-produzido por T. Woody Richamn. Estados Unidos, 2002. DVD (120 min), son., color.

VATTIMO, G. A Sociedade transparente. Trad. Carlos Aboim de Brito. Lisboa: Edições 70, 1989.

VEIGA-NETO, A. Coisas do governo... In: RAGO, M.; ORLANDI, L. B. L.; VEIGA-NETO, A. (Orgs.) Imagens de Foucault e Deleuze: ressonâncias nietzschianas. Rio de Janeiro: DP&A, 2002, p.13-34.

VEJA. São Paulo: Abril, 1998-2002.

WOLTON, D. Internet, e depois? Uma crítica das novas mídias. Trad. Isabel Crossetti. Porto Alegre: Sulina, 2003.

ZERO HORA. Porto Alegre, 2000-2004.

A ETD - Educação Temática Digital utiliza a licença do Creative Commons (CC), preservando assim, a integridade dos artigos em ambiente de acesso aberto.

Downloads

Não há dados estatísticos.