Resumo
O objectivo deste artigo é examinar a possibilidade de transmissão do gosto através do juízo estético, o que é certamente um dos maiores desafios do ensino das artes e da educação estética. De onde vem essa dificuldade de comunicação? Quais os factores em jogo? Que experiência estética pode o professor transmitir e quais os limites desse tipo de transferência de sentimentos? Pensamos que ao esclarecer estas questões estamos contribuir para a educação artística e para a procura de práticas concretas a que se poderia chamar “comunicação do gosto”. A análise do pensamento de Kant sobre esta matéria revela-se uma peça essencial desse contributo. Analisaremos com a ajuda de Deleuze e Lyotard as noções de sentido comum e senso comum, comunicabilidade do juízo estético e pensamento alargado.
Referências
CHÉDIN, Olivier. Sur l'Esthétique de Kant - et la théorie critique de la représentation, Paris: Vrin, 1982.
DELEUZE, Gilles. Différence et Répétition, Paris: P.U.F., 1968.
DELEUZE, Gilles. La Philosophie Critique de Kant, Paris: P.U.F., 1963.
LYOTARD, Jean-François. Sensus Communis, in Análise nº 6, 1987, p. 3-26.
KANT, Immanuel. Crítica da Razão Pura. Lisboa: Gulbenkian, 1985.
KANT, Immanuel. Critique de la Faculté de Juger. Paris: Vrin, 1984.
GUYER, Paul, Kant and the Claims of Taste, Harvard: Harvard University Press, 1979.
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