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Epistemologias azuís das línguas de sinais indigenas
Foto de capa: Antonio Carlos Dias Júnior
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Palavras-chave

Línguas de sinais
Indígenas surdos
Sinais emergentes

Como Citar

GOMES, João Carlos; VILHALVA , Shirley. Epistemologias azuís das línguas de sinais indigenas. ETD - Educação Temática Digital, Campinas, SP, v. 24, n. 4, p. 811–825, 2022. DOI: 10.20396/etd.v24i4.8669296. Disponível em: https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/etd/article/view/8669296. Acesso em: 25 abr. 2024.

Resumo

 As epistemologias azuis das línguas de sinais indígenas emergentes em contextos interculturais buscam refletir sobre os pressupostos teóricos dos estudos surdos em contextos indígenas. Trata-se de reflexões epistemológicas realizadas pelos pesquisadores João Carlos Gomes, da Universidade Federal de Rondônia (UNIR) e Shirley Vilhalva da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS). O estudo buscará refletir sobre os sinais emergentes utilizados por indígenas surdos nos processos de comunicação e expressão em contexto indígenas. O estudo terá como base epistemológica os pressupostos pós-críticos dos estudos teóricos das línguas de sinais emergentes. Com base nesses pressupostos teóricos, os pesquisadores analisaram as estratégias de comunicação e expressão utilizados por meio de sinais naturais que tornam sinais emergentes em língua de sinais indígena com base na cultura e identidade dos indígenas surdos. O estudo demonstrará que os sinais familiares possuem configurações iconográficas interculturais que podem ser utilizadas como processos próprios de ensino-aprendizagem nos contextos das escolas indígenas. Nesta perspectiva, os pesquisadores reconhecem que a maioria das línguas emergentes tem um tempo de duração que são "estabelecidos" conforme a necessidade dos processos de comunicação e expressão em territórios indígenas. São línguas que são institucionalizadas por pequenos grupos de indígenas surdos que utilizam de suas raízes culturais para produzir sinais emergentes. São línguas que passam por processo de evolução mais rápidas do que as línguas de sinais institucionalizadas. Essas línguas emergentes são difíceis de ser mapeadas e podem não ser uniformes em suas estruturas linguísticas, considerando o léxico, a morfologia, a sintaxe e a pragmática.

https://doi.org/10.20396/etd.v24i4.8669296
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Referências

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