Resumo
Este texto problematiza a política curricular em ação criada pela Secretaria Municipal de Vitória, capital do Espírito Santo. Política pensada sem a participação efetiva dos professores e da comunidade escolar, que tenta, por meio dessa estratégia, desconstruir e desvalorizar espaçostempos de produções curriculares inventivas e coletivas. Apresenta uma cartografia dos movimentos de resistências e de composições curriculares que se engendram com a força de ação coletiva que emerge nas/das produções dos percursos de aprendizagens diferenciais por entre as práticas brincantes e as fabulações das infâncias. Em diálogo com autores da filosofia da diferença, especialmente, Deleuze e Guattari, argumenta que as experimentações curriculares, que se constituem em movimentos nômades inventivos, criam linhas de resistências para o coletivo escapar das tentativas de aprisionamentos e engessamentos pensadas pelas políticas educacionais, abrindo fluxos de forças para a produção de percursos de aprendizagens diferenciais que se constituem entre as práticas brincantes e fabulações infantis. Conclui defendendo a importância de visibilizar os processos de resistências inventivas e coletivas criados na afirmação de uma vida intensiva e alegre das escolas, que busca escapar das políticas de morte das infâncias e da educação infantil. Resistências que entram em composição com a alegria vital das crianças em suas fabulações crianceiras para criar currículos nômades, artisteiros e aprendizagens brincantes e diferenciais.
Referências
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