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Diálogos extemporâneos no cotidiano escolar: a pesquisa com as crianças
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Palavras-chave

Aprendizagem. Conhecimento. Pesquisa. Criança.

Como Citar

ALVES, Luciana Pires. Diálogos extemporâneos no cotidiano escolar: a pesquisa com as crianças. ETD - Educação Temática Digital, Campinas, SP, v. 14, n. 1, p. 281–298, 2010. DOI: 10.20396/etd.v14i1.1253. Disponível em: https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/etd/article/view/1253. Acesso em: 19 abr. 2024.

Resumo

A pesquisa Injustiças Cognitivas: ressignificando os conceitos de cognição, aprendizagem e saberes no cotidiano da escola, que vimos desenvolvendo desde janeiro de 2008, na Escola Municipal Ana Nery – SME-D, de Caxias/RJ, busca investigar a produção de conhecimentos sobre a leitura e a escrita por crianças das classes populares consideradas pela escola como portadoras de “dificuldades de aprendizagem”. As crianças com as quais pesquisamos vivem na periferia da periferia: o Bairro de Jardim Gramacho – aterro sanitário situado no município de Duque de Caxias e rodeado por favelas. A maioria das famílias tem no lixão sua fonte de renda.Procuramos estudar as lógicas operatórias das crianças em suas relações cotidianas, tomando como pressuposto o postulado de Boaventura de Sousa Santos de que a injustiça social está diretamente relacionada às “injustiças cognitivas”. O uso deste conceito nos levou a pensar nas configurações da escola: até que ponto o conceito de cognição com que a escola trabalha está impregnado da dinâmica instrumental da cognição, limitando o campo de ação das práticas pedagógicas, pois desconsidera as possibilidades de invenção e de problematização? O que surge, quando procuramos fraturar o discurso das “dificuldades de aprendizagem” e como estas podem ser “lidas” na perspectiva das injustiças cognitivas? Instigadas por estas questões, buscamos investigar a formulação de novas possibilidades para a ação educativa da escola a partir da revisão-ampliação do conceito de cognição, articulando-o a uma perspectiva político-epistemológica fundada na concepção de “injustiças cognitivas”.

https://doi.org/10.20396/etd.v14i1.1253
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