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Os ícones do poder disciplinar e a educação colonial brasileira a partir do Serro/MG, de 1759 a 1807
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Palavras-chave

História da educação. História do Brasil. Subsídio literário. Pombalismo.

Como Citar

BRISKIEVICZ, Danilo Arnaldo. Os ícones do poder disciplinar e a educação colonial brasileira a partir do Serro/MG, de 1759 a 1807. Revista HISTEDBR On-line, Campinas, SP, v. 19, p. e019009, 2019. DOI: 10.20396/rho.v19i0.8652544. Disponível em: https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/histedbr/article/view/8652544. Acesso em: 25 abr. 2024.

Resumo

Analisamos a história da educação do Brasil colonial na segunda metade do século XVIII, em especial o contexto do despotismo esclarecido português e suas repercussões na Vila do Príncipe, atual cidade do Serro/MG no período que vai aproximadamente de 1758 até 1807. Investigamos como os fatores externos à Vila do Príncipe como, por exemplo, o terremoto de Lisboa em 1756 e a expulsão dos jesuítas do Brasil em 1759 afetaram a forma de lidar com os subsídios voluntários e, em especial, levantamos o histórico dos impostos serranos para entender o processo de financiamento dos primeiros professores do Norte de Minas Gerais. Contamos a história dos primeiros professores do Serro, seja de primeiras letras, seja de gramática latina. A metodologia de pesquisa intenciona amalgamar o conceito de poder disciplinar e biopoder de Michel Foucault à microanálise histórica, para esclarecer como a educação é afetada pela iconografia do poder do pelourinho, da Real Casa de Fundição do Ouro e do padre, detentora de uma certa pedagogia moralizante da população.

https://doi.org/10.20396/rho.v19i0.8652544
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