Resumo
O idealismo moderno reconfigurou, na sociedade ocidental, uma nova perspectiva de pensar o humano: a de um sujeito virtuoso que, por meio da assimilação e da identificação, faria parte de uma sociedade civilizada e avançada. Nesse processo, cabe, dentre outras dimensões da subjetividade, refletir sobre a sexualidade, visto que, em nome da moralização, mulheres e homens devem assumir papéis sociais muito bem distintos, dentro de uma perspectiva heteronormativa. A partir da abordagem conceitual de pensamento de Michel Foucault e Judith Butler, pretende-se problematizar como a biopolítica e o biopoder disciplinam e docilizam os corpos, a fim de que sejam assujeitados de acordo com padrões da heterossexualidade compulsória e da heteronormatividade, deixando de lado a subjetividade e unicidade de cada indivíduo. Com base na pesquisa bibliográfica, foi possível considerar que os discursos do biopoder operam uma maquinaria de sujeição dos corpos e da sexualidade humana. Esta, como construção histórica, é atacada e, muitas vezes, anulada, apesar de ser uma manifestação inerentemente humana. Enfrentar tais mecanismos de sujeição, resistir e transgredir é necessário à constituição de subjetividades livres.
Referências
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